O vídeo-teatro performativo Corpos do Prazer, produção do Coletivo 2 x 2 – RO, recebeu o prêmio de Melhor Vídeo Teatro no Salão Internacional de Artes Presencial (https://vemsac.com/), ocorrido em dezembro de 2022, em Portugal.
Corpos do Prazer é uma obra artística resultante das investigações empreendidas por Ádamo Teixeira, egresso do Curso de Licenciatura em Teatro da UNIR, durante o seu Trabalho de Conclusão de Curso, sob orientação do professor Luciano Oliveira. Nesse trabalho, a travesti Amitaff propõe a lançar-se como artista ao mesmo tempo em que divulga um pacote promocional de fotos e vídeos eróticos. Acompanhada pelo seu produtor (e cliente), que filma e transmite “ao vivo” as imagens do evento, ela sente na pele as consequências da exclusão social, da transfobia e do machismo. O trabalho denuncia ainda a invisibilidade, a violência e o moralismo tão em voga no Brasil.
Estamos deveras contentes com a primeira premiação do Coletivo 2×2 – RO e com a primeira premiação internacional do ator Ádamo Teixeira e dos diretores Luciano Oliveira e Luís Gustavo Aldunate.
Dedicamos esse prêmio à todas as travestis de Porto Velho e de Rondônia que, nos seus cotidianos, enfrentam inúmeras violências e exclusões!
Corpos do Prazer pode ser assistido a partir deste link: https://www.youtube.com/watch?v=j83gbP_xock
Ficha Técnica:
Atuação, figurino, maquiagem, cenografia e iluminação: Ádamo Teixeira
Direção/orientação, técnica e produção: Luciano Oliveira
Publicitário, direção de vídeo e edição: Luís Gustavo Aldunate
Assessoria de imprensa: Dennis Weber
Elenco de apoio: Luciano Oliveira e Luís Gustavo Aldunate
Intérprete de Libras: Jamilly Martins
Acompanho o trabalho de Luciano Oliveira a muito tempo. Sempre se dedicou a vivência do teatro com talento, dedicação e muito estudo. Premiação merecida. E parabéns, Adamo Teixeira e Luís Gustavo. Essa conquista tem grande importância para a arte contemporânea. É uma voz que se fez ouvir através da linguagem teatral e suas tecnologias em meio a muitas abafadas ansiando por alguma representatividade. Um convite a refletir sobre correntes ideológicas que nos oprime, mutilam sonhos e roubam vidas. Que a obra Corpos do prazer seja assistiva por mais e mais mentes pensantes e que cumpra seu legado de desnudar as feridas do humano. Feridas cotidianas escondidas embaixo do tapete em um sistema de padrões cruéis e excludentes. Que a arte cumpra seu legado de crítica social e que provoque nossa epifania.
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