Mais um dia de espetáculos na 38ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança de Belo Horizonte.
Hoje assistirei a “Te quero como queres, me queres como podes”. A começar pelo nome, o espetáculo sugere ser intrigante.
Já ouvi falar muito bem desse trabalho, que possui direção de Orlando Orube e texto de Aristides Vargas.
A equipe técnica da montagem traz nomes como Pedro Pederneiras, na iluminação, e Ricardo Pereira, no figurino.
No elenco: Maria Alice Rodrigues e Renata Duarte Dutra.
No programa da campanha, consta que o espetáculo é uma Tragédia. Não sei não, pois aprendi na UFOP, quando era aluno do curso de Direção Teatral, que as tragédias são somente as gregas, por motivo dos parâmetros aristotélicos: tempo, espaço, unidade de ação, etc. Contudo, não deixarei de ver o espetáculo por causa disso, pois muitos teóricos mencionam as tragédias de Nelson Rodrigues e de William Shakespeare.
SINOPSE: “Te quero como queres, me queres como podes” traz a história de duas meninas de rua, que em estado terminal relembram suas vidas pregressas. Uma família desestruturada, mãe omissa e ausente, pai violento que as jogou nas ruas, tudo em meio a fantasias poéticas próprias de meninas que poderiam ter tido um futuro promissor. Uma tragédia contemporânea que certamente emociona todas as platéias.
Local: SESI HOLCIM, Santa Efigênia.
Horário: 20 hs
Tentei comprar ingressos para assistir ao Tio Vânia do Galpão, mas não será dessa vez, pois os mesmos já se esgotaram, desde quinta-feira. Bárbara Heliodora foi muito conservadora em sua crítica feita no O GLOBO: http://rioshow.oglobo.globo.com/teatro-e-danca/eventos/criticas-profissionais/tio-vania-aos-que-vierem-depois-de-nos-5122.aspx
Queria ver de perto o espetáculo, pois não acreditei em tudo o que ela disse, principalmente a respeito das interpretações dos atores do Grupo Galpão e da atriz convidada Mariana Muniz. Ficará para a próxima temporada, infelizmente!
Contudo, aproveitei para comprar o meu ingresso para assistir ao “Till, a saga de um herói torto”, que reestreará no dia 09 de fevereiro, cumprindo curta temporada no Grande Teatro do Palácio das Artes.
Vamos?
Luciano Oliveira
“Te quero como queres, me queres como podes”
Luciano, eu rotulei o espetáculo de Tragédia Contemporânea, o Sinparc não sei por qual motivo colocou só Tragédia, longe estou de parodiar tragédias gregas, mesmo que para montar este espetáculo mergulhei nelas profundamente, novamente depois de 40 anos de telas estudado. Minha releitura deixou elas ainda mais distante do teatro que proponho e que gosto.
Abraço carinhoso
Orlando Orube
orlandoorube@terra.com.br
CurtirCurtir
Quanta honra em receber seu comentário, Orlando!
Independendemente de ser tragédia, drama ou comédia “Te quero como queres, me queres como podes” é um espetáculo muito forte, seja textualmente, seja na interpretação das maravilhosas atrizes ou ainda na sua direção redondamente marcada. Os vídeos e a trilha também são excelentes. Enfim, sua encenação é muito boa.
Só tenho uma ressalva quanto ao espaço (teatro) que, ao meu ver, não é muito adequado para o estilo de interpretação e encenação adotado por vocês. Talvez um espaço maior, que produza certa distância entre cena e platéia, fosse mais confortável para o público. As vozes das atrizes são muito densas e chega a incomodar um pouco, dada a proximidade palco-platéia. Acredito que, dada à sua competência e sensibilidade, você tenha notado isso em relação ao Teatro Holcim.
Parabéns pelo competente trabalho e também pela direção das atrizes, que é sensacional!
Desculpe-me por não ter escrito ainda nenhuma crítica ao seu espetáculo, pois tive problemas de horários nessa última semana!
Para concluir, recomendo aos espectadores mineiros a competentíssima montagem “Te quero como queres, me queres como podes”!
Luciano OLiveira
CurtirCurtir