Tio Vânia – Aos que vierem depois de nós – Grupo Galpão

Finalmente, após algumas tentativas mal sucedidas, consegui assistir ao espetáculo “Tio Vânia” do Grupo Galpão. Depois de ler uma crítica muito negativa de Bárbara Heliodora sobre esse trabalho (http://rioshow.oglobo.globo.com/teatro-e-danca/eventos/criticas-profissionais/tio-vania-aos-que-vierem-depois-de-nos-5122.aspx) , confesso que estava um pouco desconfiado. Contudo, por não me deixar levar pela opinião alheia, resolvi ir ao Teatro Klaus Viana no último sábado, dia de Tiradentes.

Inicialmente, estranhei tudo: cenário, interpretação, música, luz e até mesmo os figurinos. Tive a sensação de não estar assistindo ao famoso Grupo Galpão de Belo Horizonte, que nos traz muita cor, alegria, despojamento e irreverência. Achei as primeiras cenas muito formais, frias e muito distantes, guardadas as diferenças estilísticas, de outros trabalhos do grupo como, por exemplo, “Till, A Saga de Um Herói Torto”, “Um Molière Imaginário”, “Romeu e Julieta”, “Um Homem é Homem”, “O Inspetor Geral”, dentre outros.  Contudo, com o passar do tempo, fui “abduzido” para dentro da encenação. O drama, aristotelicamente falando, foi pegando-me com os seus fios, seduzindo-me e enganando-me. Quando olhei para mim, me dei conta que estava completamente imerso na linda e triste história de Tchékov. O cenário trocou de roupa, o figurino ganhou nova luz, a luz adquiriu nova roupagem, as interpretações não estavam mais frias e distantes e os rostos e os olhos dos atores iluminaram-se como noite de lua cheia e de fogos de artifícios. Por fim, sinto dizer-lhe, com todo o respeito, Bárbara Heliodora: a senhora “pesou a mão” na crítica ao brilhante Tio Vânia do Grupo Galpão!

Dica de espetáculo para hoje…

Mais um dia de espetáculos na 38ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança de Belo Horizonte.

Hoje assistirei a “Te quero como queres, me queres como podes”. A começar pelo nome, o espetáculo sugere ser intrigante.

Já ouvi falar muito bem desse trabalho, que possui direção de Orlando Orube e texto de Aristides Vargas.

A equipe técnica da montagem traz nomes como Pedro Pederneiras, na iluminação, e Ricardo Pereira, no figurino.

No elenco: Maria Alice Rodrigues e Renata Duarte Dutra.

No programa da campanha, consta que o espetáculo é uma Tragédia. Não sei não, pois aprendi na UFOP, quando era aluno do curso de Direção Teatral, que as tragédias são somente as gregas, por motivo dos parâmetros aristotélicos: tempo, espaço, unidade de ação, etc. Contudo, não deixarei de ver o espetáculo por causa disso, pois muitos teóricos mencionam as tragédias de Nelson Rodrigues e de William Shakespeare.

SINOPSE: “Te quero como queres, me queres como podes” traz a história de duas meninas de rua, que em estado terminal relembram suas vidas pregressas. Uma família desestruturada, mãe omissa e ausente, pai violento que as jogou nas ruas, tudo em meio a fantasias poéticas próprias de meninas que poderiam ter tido um futuro promissor. Uma tragédia contemporânea que certamente emociona todas as platéias.

Local: SESI HOLCIM, Santa Efigênia.
Horário: 20 hs

Tentei comprar ingressos para assistir ao Tio Vânia do Galpão, mas não será dessa vez, pois os mesmos já se esgotaram, desde quinta-feira. Bárbara Heliodora foi muito conservadora em sua crítica feita no O GLOBO: http://rioshow.oglobo.globo.com/teatro-e-danca/eventos/criticas-profissionais/tio-vania-aos-que-vierem-depois-de-nos-5122.aspx
Queria ver de perto o espetáculo, pois não acreditei em tudo o que ela disse, principalmente a respeito das interpretações dos atores do Grupo Galpão e da atriz convidada Mariana Muniz. Ficará para a próxima temporada, infelizmente!

Contudo, aproveitei para comprar o meu ingresso para assistir ao “Till, a saga de um herói torto”, que reestreará no dia 09 de fevereiro, cumprindo curta temporada no Grande Teatro do Palácio das Artes.

Vamos?

Luciano Oliveira

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