Começou o Palco Giratório 2018 – RO

No feriado de 7 de setembro, sexta-feira, iniciou-se em Rondônia a edição 2018 do Palco Giratório, com o Seminário Palco Giratório 2018 – Arte como (Re) Existência.

Artistas, grupos de teatro (Trupe dos Conspiradores, Teatro Ruante, O Imaginário – RO, Wankabuki e Associação Cultural Waraji, dentre outros), professores universitários (UNIR, UFAC e UFPA), alunos, curadores e funcionários do SESC de diversas partes do país, representantes de movimentos sociais e culturais (Coletivo Mina Livre, Setorial de Teatro de Porto Velho, Pró-Cultura Rondônia e #depositaSejucel) e da sociedade civil de Rondônia – e até mesmo crianças – estiveram presentes no Teatro 1 do SESC Esplanada para participar das excelentes mesas de debates realizadas nas tardes e noites de sexta-feira e sábado.

No dia 07/09, de 15h às 16h30, a Mesa 1 – Gestão Cultural na Contemporaneidade: como gerir garantindo a arte o lugar de (Re) Existir? – abriu as sessões de debates com os convidados Daina Leyton, de São Paulo, José Manuel, do SESC Pernambuco, e Keila Barbosa, de Rondônia. A mediação ficou a cargo de Raphael Vianna, do SESC – DN.

Mais tarde, de 17h às 18h30, foi a vez da Mesa 2 – Acessibilidade Cultural: pulverizando as ações em arte, com os convidados Rita Marize, do Sesc Pernambuco, e Suzi Bianchi, do Rio de Janeiro. A mediação foi de José Manuel, do Sesc Pernambuco.

Por fim, e não menos importante, a Mesa 3 – Novos Olhares para a dança na Amazônia, fechou o ciclo de debates do primeiro dia de seminário. Dessa mesa participaram a professora Valeska Alvim, da Universidade Federal do Acre (UFAC), o professor Luiz Lerro, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e a professora Waldete Brito, se não me engano da Universidade Federal do Pará (UFPA). No meio da numerosa plateia, que fazia uma grande festa para receber os convidados, encontravam-se alunos e integrantes do projeto Mediação Cultural – Palco Giratório 2018, que é coordenado pelo professor Júnior Lopes do Curso de Licenciatura em Teatro da UNIR.

O primeiro dia de debates foi muito proveitoso, rico e culturalmente intenso.

No sábado, no dia 08/09, entre 16h e 17h30, também no Teatro 1 do SESC, ocorreu a Mesa 4, com o tema mais que relevante e necessário “O protagonismo feminino na arte”. Para compor a mesa foram convidadas as palhaças Selma Pavanelli, de Rondônia, e Mariana Gabriel, de São Paulo, ademais da professora e bailarina Waldete Brito, do Pará. A mediação foi de Jane Schoninger, do SESC Rio Grande do Sul.

E para encerrar o Seminário Palco Giratório 2018 – Arte como (Re) Existência, aconteceu a Mesa 5 – Festivais de Teatro Independentes: Mapeando Rondônia, com a presença de Valdete Souza, de Vilhena/RO, uma das coordenadoras do Festival Amazônico de Monólogos e Breves Cenas; de Paulo Santos, de Guajará-Mirim/RO, um dos coordenadores do Festin-Açu (Festival Internacional de Teatro de Guajará-Mirim); e de Chicão Santos, de Porto Velho, um dos coordenadores do Festival Amazônia Encena na Rua. A mediação dessa mesa foi de Clarissa Franci, do Sesc Pará.

Assim como o primeiro dia de debates, o segundo também foi muito farto e profícuo. E mais: muito importante para a classe artística do Estado de Rondônia, que carece de efetivas políticas públicas nas áreas de Arte e Cultura e da representatividade feminina.

A programação artística do Palco Giratório de Rondônia começa hoje, às 17 h, na Lona do Palhaço Biribinha (Parque da Cidade), com o espetáculo de circo Magia, da Companhia Teatral Turma do Biribinha, de Alagoas.

Crédito: Foto de Eliane Viana (Agenda Porto Velho).

Integrantes do movimento #depositaSejucel participam de nova reunião na Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer de Rondônia

Os integrantes do movimento #depositaSejucel estiveram em reunião, nessa terça-feira (24/07), às 09h, com o Superintendente da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer de Rondônia(SEJUCEL) Rodnei Paes, a fim de resolver o impasse sobre o pagamento dos prêmios culturais aprovados nos editais lançados no ano de 2017. Os representantes do movimento cobraram uma data para o repasse dos valores que foram garantidos pelo governador Daniel Pereira, que confirmou a liberação de 400 mil reais para os pagamentos dos prêmios contemplados.  O Superintendente informou que esteve em reunião na manhã desta segunda-feira (23/07) com o governador de Rondônia para tratar sobre o pagamento dos prêmios culturais. Segundo Rodnei Paes, o governador autorizou o pagamento imediato dos prêmios Jango Rodrigues e SART. Os artistas, cujos projetos foram aprovados nos dois editais em dezembro de 2017, deverão ser convocados dentro de até 15 dias úteis para a assinatura dos contratos.

Na reunião, discutiu-se ainda a importância da SEJUCEL na formação e sustentação dos movimentos culturais. O Superintendente voltou a afirmar que “a mobilização da classe artística é importante, a ação de se reunir e vir conversar com o Estado é importante, pois quando é um só não tem poder, mas quando vêm todos os segmentos (a fotografia, o teatro a dança, etc.), mostra que estão se unindo. É assim que se faz, pois ninguém vai a lugar nenhum sozinho”. Quanto aos trâmites dos prêmios, o de Fotografia Dana Merril, por exemplo, cujo resultado final foi publicado no Diário Oficial do Estado de Rondônia no dia 15 de março de 2018,  não foi informado ao certo quando será realizado o pagamento.

A responsável pelo acompanhamento dos trâmites dos prêmios na Sejucel, Marcela Bonfim, durante a reunião informou que os “Prêmios de Música têm dois em andamento: o Rondônia  Autoral que vai sair o resultado, estamos brigando para sair até sexta; e o de Literatura que já vai homologar. Vou publicar o resultado final. O que acontece, o Zezinho Maranhão e o de dança, como foram os últimos, a gente nem abriu no sistema ainda, porque a gente precisa pagar cinco editais. Desses cinco editais, a gente tá falando de  trinta e três a trinta e cinco pessoas. (…) Pode ser que seja pago até dezembro, mas pode ser que seja pago no próximo exercício”. Rodnei Paes, por sua vez, completou a informação dizendo que na reunião com o governador foi afirmado que, possivelmente, serão pagos todos os prêmios antes do final do ano, por meio de uma PL que passará pela Assembleia Legislativa. Já Marcela Bonfim afirmou ainda que “o SART já está empenhado e que o Jango Rodrigues está em processo de empenho. Que o prazo para pagamento é de 07 a 15 dias”.

A Gerência de cultura da SEJUCEL encaminhou e-mail aos ganhadores do prêmio Jango Rodrigues, na segunda-feira (23/07), com o seguinte conteúdo: “Informamos aos contemplados do Prêmio Jango Rodrigues que os processos individuais já estão com a NOTA DE CRÉDITO e os mesmos foram encaminhados desde SEXTA- FEIRA (dia 20/07) para empenho, aguardando apenas a liberação financeira da SEFIN. Isto é, o trâmite para pagamento encontra-se em fase final – para pagamento dos senhores que em termos de prazo significaria um procedimento que dura de 7 (sete) até 15 (quinze dias). Após empenhados todos serão contatados para assinatura do contrato”.

Aos artistas de Rondônia, no momento, cabe esperar e torcer para que sejam cumpridas as promessas feitas durante a reunião. Porém, a espera não será inerte, posto que a vigília será constante, no sentido de acompanhar os processos e de assegurar que os projetos sejam realizados até dezembro de 2018.  O movimento deposita Sejucel agradece a todas as pessoas que ajudaram compartilhando a hashtag, as matérias e apoiando a causa. Também fazemos um agradecimento especial à imprensa do estado que se dispôs a divulgar o movimento e falar sobre a situação da cultura em nossa região. Gostaríamos ainda de agradecer a cada artista que esteve junto nessa caminhada que está apenas começando. A união é a nossa única ferramenta! Temos que continuar com a mesma força em prol das artes de Rondônia.

 #depositaSejucel

Haja feijoada pra tanta indigestão! Dança-teatro em Porto Velho

 

Ontem, 23 de novembro, no Teatro 1 do SESC Esplanada de Porto Velho, iniciou-se a Mostra de Danças SESC 2017.

Após três apresentações infanto-juvenis, pelas quais os pais quase sofreram um treco de tanto gritar e aplaudir, eis que “insurge” uma coisa que “destoou” completamente do que até naquele momento acontecera.

Assim perguntou uma criança sentada numa poltrona atrás da minha:

– “Papai, o que está acontecendo?”.

– “Eles estão passando mal!”, explicou ironicamente o pai.

– “Por que, papai?”.

– “Porque eles comeram muita feijoada antes da apresentação!”.

– “Entendi!”, respondeu a inquieta menina.

Os atores-dançarinos, que se vestiam tão “estranhamente” (“muitos deles com trajes árabes”, disse uma espectadora mal humorada sentada ao meu lado), e que dançavam e “teatravam” músicas ainda mais esquisitas – “dissonantes”, disse-me o professor Dr. Luiz Lerro e coordenador do Curso de Extensão Dança-Teatro -, passavam mal no palco de tanto comerem feijoada de paixão, de tanto deglutirem couve de tesão e de tanto ingerirem coca-cola (ou cachaça?) do alabão! (Esta rima pobre e sem sentido é proposital, pois não encontrei nenhuma palavra boa que rime com tesão e paixão e que expresse adequadamente o meu sentimento diante de tanta hipocrisia e ignorância!). Continuando: “estrebuchando” ali no chão, sob os olhares medievais de boa parte da plateia atônita, um grupo de pessoas completamente heterogêneo (estudantes de teatro, bailarinos, bailarinas, homens e mulheres comuns, heterossexuais, homossexuais,  jovens, idosos, etc.) entregavam-se de corpo e alma à tão misteriosa (para uma parte expressiva do público ali presente, quiçá para o público geral de Porto Velho!) Dança-Teatro.

– “O que está acontecendo agora, papai?”, pergunta novamente a criança.

– “Eles estão saindo do palco!”, responde o pai.

– “Por quê”?

– “Para tomar remédio”, finaliza la cu nar mente o pai que não tinha mais nada para passar para a sua pobre criança.

 

E assim o Temer continua no poder!

Rondônia: um Estado de Delícias Culinárias

“Rondônia: um Estado de Delícias Culinárias” trata-se de um documentário de cinco minutos produzido por Luciano Oliveira e Júnior Lopes (professores do Curso de Licenciatura em Teatro da UNIR) e Ivan Souza (publicitário, jornalista e comunicador social de Porto Velho), com participação de discentes do mencionado curso, bem como de artistas e de pessoas da comunidade portovelhense, para ser exibido na Feira Cultural Brasil & Estados Unidos: the best of Brazil and USA, ocorrida em Framingham, Massachusetts, entre os dias 02 e 06 de novembro de 2017. Ele foi exibido também no III Festival UNIR Arte e Cultura, em Porto Velho. Por meio da comicidade e de improvisações dos atores, conta a história de Cassandra Baby, uma mulher de Guajará Mirim, cidade do interior de Rondônia, que vem para a capital em busca de ingredientes para preparar um “banquete” para seu “boy”, um pretendente amoroso italiano que conhecera em um aplicativo de relacionamentos. Cassandra Baby é uma personagem do espetáculo teatral “Cassandra, BR-trans-amazônica”, montado pelo ator Júnior Lopes, e estreado em agosto deste ano.

A ficha técnica do documentário é esta:

– Direção Geral e Cinegrafista: Ivan Souza

– Roteiro e direção de elenco: Luciano Oliveira

– Atuação: Junior Lopes

– Elenco de apoio: Ádamo Teixeira, Jamile Soares, Stephanie Caroline, Gabriel Corvalan, Jaqueline Luquesi, Sheila Souza, Lia Assunção, Guilherme Ferreira, Flaw Naje e Verônica Brasil

– Figurino: Junior Lopes

– Cabelo e maquiagem: Jaqueline Luquesi

– Assistente de maquiagem: Sheila Souza

– Edição (tradução de legenda): Verônica Brasil

– Edição de Imagens: Jéferson Dino

– Produção: Flaw Naje

– Apoio Técnico e Assessoria de Imprensa: Emanuel Jadir Siqueira

Agradecimentos: Ronildo Chaves (Kamilly Panificadora e Confeitaria); Paky’Op (Laboratório de Pesquisa em Teatro e Transculturalidade – UNIR); Luciano Pinheiro e Vanderlei Júnior (pela liberação da música Pra Porto Velho Eu Vou); Ulisses Ferreira (bebezinho); Antonha Cristina Fontinele (Barraca da Cristina); Sr. Nilson (O Rei do Açaí); Sr. Severino; Dona Mimozete; Reinaldo Ribeiro; Cleomar Mendonça e Jonisson (Barraca Rei da Goma); Dona Francisca; Dona Izabel Araújo; Rodrigo Anconi; Denilson; Eberson e Vanessa Cristina (Barraca da Cris).

APOIO: Kamilly Panificadora e Confeitaria

Música: Pra Porto Velho Eu Vou! (Composição, Letra e Música: Luciano Pinheiro e Vanderlei Júnior)

 

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