“Espécie”, espetáculo de dança apresentado hoje no Teatro 1 do Sesc Esplanada, em Porto Velho, pelo Palco Giratório 2016, pouco acrescenta para o espectador em termos estéticos. Trabalho escuro (muito escuro!), com jogo pautado no clichê e estereótipo, equivoca-se em vários sentidos: na iluminação, na coreografia, na direção e também na dramaturgia. É uma pena sair de um belíssimo espetáculo de circo, “Circo do Só Eu”, do Barracão Teatro, e ver a alegria ir embora nessa infeliz montagem.
-“Ah, mas o bailarino é tão bonito e imita (mimesis) tão bem um gorila!”, podem dizer. Mas só isso não basta. Não queiram ludibriar os espectadores com golpes baixos. A plateia não é ingênua!
Enfim, trata-se do barato (trazer arte para Rondônia não é coisa simples) que sai caro: a expulsão eterna dos espectadores dos palcos da dança.
Um alento dos espetáculos de dança até agora apresentados é o magistral “A Projetista”, de Dudude Herrmann.